quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dois em um - E se Chover?

De fato, um dos vídeos e uma das músicas que mais e tocam.

Rápidas impressões da vida de Julie [2]



Sua mãe, seu pai,sus mãos, seus pés, sua fé e a vida feita toda bordada de flores, vezes rosas, vezes flores. Não olhasse de encontro ao seu olhar, era capaz de tombar qualquer emoção, de qualquer um, para dar lugar à sua certeza.
Era sagrado todas as sextas: vestido branco, mãos dadas com a mãe, pés atados com o chão com leves pegadas e a fita que voava naquele vento, não o mesmo dos campos, mas recheado de tanta bondade e felicidade que só uma sexta-feira a tarde trazia consigo.
Chegou cedo à roda e ja ouvia os primeiros acordes da ciranda preferida, aquela que sua mãe sempre cantava pra o sono chegar tranquilo. E era lindo o sorriso dela. Uma ingenuidade que só quem é criança sabe ter, naturalmente proposital. A ingenuidade de uma criança é um mar de longos abraços, sorrisos elevados pelo sentimento de coragem...

"na lagoa tem a flor que só eu senti
o cheiro da flor que tem
amor, que tem aqui.
e quando solto no vento
o amor da flor e do vento
soprava pra mim cedinho..."

..e assim dançava, sorria, cantarolava. Digamos que seja a exteriorização da pureza de uma menina.
Acreditava em duas coisas: em si e nos pais. Quanto carinho preciso foi depositado durante sua criação e olhe que Luise não tinha nada do que achamos educado. Nunca levou Julie para brincar, nunca sorriu, nunca sonhou, chorou. Se dissessémos para cultivar a rosa mais bela que achava, agoaria com lágrimas. Luise era a "amiga de outro sentimento" de Julie, talvez o lado negro que ela nunca quisera por para fora, pois sabia das verdades que ser assim causava.
Nem das cirandas de roda Luise se identificara. Era a amiga de outro sentimento".
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